Por Luciene Saraiva
Trabalho há mais de 20 anos na área administrativa financeira e esta é a primeira vez que me desafio no Terceiro Setor. Mas, antes de falarmos sobre esta forma de gestão, é preciso entender que “Terceiro Setor” é uma expressão criada para designar um campo da sociedade correspondente às ações sociais promovidas por instituições privadas de caráter não lucrativo, que envolvem a demanda pela reinvindicação de determinadas causas ou ações de filantropia.
Fazer a gestão do Terceiro Setor significa trabalhar em projetos sociais, considerando a parte administrativa, como levantamento de recursos, administração das finanças e orçamento de verbas públicas. Além disso, o Terceiro Setor oferece ainda serviços e produtos que atendem às necessidades da população, os quais muitas vezes o Governo não conseguiria oferecer.
E a gestão organizacional deste setor traz benefícios para diferentes aspectos da entidade e este por sua vez, é um dos meus maiores desafios em implantações desses processos, equipe e resultados das ações sociais. Por outro lado, um dos principais ganhos é que uma boa gestão permite criar processos bem definidos a partir de uma rotina produtiva, organizada e otimizada. Portanto, o maior desafio na gestão do terceiro setor brasileiro, em termos conjunturais, é tentar administrar, por um lado, que o Governo capture o terceiro setor como correia de transmissão ou linha auxiliar de suas políticas centralizadoras, assistencialistas, pois enfrentamos diariamente inúmeras burocracias administrativas.
E mesmo diante desse quadro desafiador, um fato importante é de que as atividades do terceiro setor contribuem para 4,27% do valor adicionado (PIB) brasileiro. O montante equivale a mais de R$ 423 bilhões, sendo o setor responsável, também, pela geração de 4,7 milhões de empregos. (Fonte: https://mapaosc.ipea.gov.br, publicação de 20 de junho de 2023).
Com isso, sigo aqui aprendendo a cada dia, na tentativa de oferecer o melhor ao Instituto Emaús para a realizações de ações sociais.