“O Senhor é bom, eterna é a sua misericórdia!”

O segundo domingo da Páscoa, que neste ano celebramos último domingo, conclusão da oitava pascal, há mais de duas décadas, tornou – se conhecido como o Domingo da Divina Misericórdia. Este foi um desejo de São João Paulo II que, ao canonizar a religiosa Faustina Kowalska de origem polonesa no ano 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia a ser celebrada por toda a Igreja sempre no domingo seguinte ao domingo de Páscoa.

A devoção à Divina Misericórdia inspira – se nos encontros de Santa Faustina com Jesus, relatados no seu diário, nos quais Cristo promete “refugio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores.” Pode – se ler em um trecho do diário: “Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha Misericórdia; derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão total das culpas e das penas.”

A liturgia da palavra deste domingo ilustra muito bem a misericórdia divina que se concretiza na vida da Igreja. Na primeira leitura, a misericórdia se manifesta na vida da comunidade que vive de maneira fraterna e cuida dos mais pobres não permitindo que ninguém passe necessidades; na segunda leitura, a misericórdia torna – se visível quando os membros da comunidade são capazes de unir o amor a Deus e o amor aos irmãos, ou seja, não se pode dissociar o amor a Deus do amor ao próximo, é preciso que os dois estejam sempre juntos; no Evangelho, ponto alto da liturgia da palavra, Jesus institui o Sacramento do Perdão ao dizer aos discípulos: “ A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos.”(Jo.20,23)

A Igreja é presença do Ressuscitado no meio do mundo ao pôr em movimento a ação misericordiosa do Cristo, rosto da misericórdia do Pai. Onde se faz presente uma comunidade cristã, ali o homem e a mulher, não importando sua condição social, religiosa, moral… deve encontrar a fonte da misericórdia, o amor compassivo que acolhe e cuida das feridas que machucam e fazem sofrer.

Peçamos a Deus, que nos dê a todos a alegria de sermos em nosso dia a dia, instrumentos de sua misericórdia para todos sem nenhuma discriminação de pessoas, inclusive com aqueles que pensam e vivem de um modo diferente do nosso. Fraternalmente, em Cristo!

Pe Ademir Andrade de Sá

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