Iniciamos o mês, celebrando na liturgia, a Solenidade de todos os Santos. Justamente neste dia, recebemos das mãos de um de nossos benfeitores as chaves da futura sede definitiva da Casa Madre Teresa de Calcutá, localizada no Parque Maria Helena.

Nos evangelhos, Jesus ensina que é preciso confiar sempre na providência do Pai, que conhece mais que nós mesmos todas as nossas necessidades. Diz Jesus: “Eu lhes digo: não fiquem preocupados com a vida, nem com o corpo, com o que vestir. (…) Olhem os pássaros do céu: eles não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em armazéns. No entanto, o Pai que está no céu os alimenta. (…) Em primeiro lugar busquem o Reino de Deus e a sua justiça, e Deus dará a vocês, em acréscimo, todas essas coisas”. (Mt. 6,25-34)

Para nós que cremos na providência de Deus, nada é obra do acaso. Nada é simples destino. Tudo é obra da bondade inesgotável de Deus que, nos concede em sua generosa providência, muito mais do que merecemos e ousamos pedir.

Nós da Comunidade Emaús, sempre sonhamos com uma casa para acolher aos nossos irmãos (as) que vivem em situação de rua. Assim, há oito anos, iniciamos em um imóvel alugado no centro de Suzano, esse belo e gratificante trabalho. Neste período, mais de quatro mil e quinhentos irmãos (as) passaram pela casa, recebendo acolhida e um novo alento em suas vidas. Porém, continuamos sonhando e rezando para que Deus nos ajudasse a conseguir uma casa definitiva. Foi assim que Deus fez aproximar – se e conhecer o nosso trabalho a um empresário da cidade que, sensibilizado e “vestindo a camisa” da Emaús, se dispôs a realizar nosso sonho. Ele mesmo foi atrás do terreno, acompanhou de perto o projeto e construção da casa. E, antes de nos entregar as chaves, foi o primeiro a, no espaço reservado para ser a capela, colocar os joelhos no chão para agradecer a Deus a mais essa conquista em sua vida e, também na nossa.

Para nós da Emaús, o fato de, sem nenhuma prévia programação, termos recebido as chaves da casa exatamente no dia de todos os Santos, é mais um sinal de Deus, de que não somente Madre Tereza de Calcutá, mas todo o céu tem seus olhos voltados para essa casa tão especial, onde muitos irmãos (as) poderão iniciar o processo, às vezes longo e penoso, de reconstrução e ressignificação de suas vidas, tendo restaurada a beleza original da dignidade na qual foram criados “a imagem e semelhança de Deus”. (Gn.1,27).

Fraternalmente, com a minha benção! Pe. Ademir

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