BULLYING: NÃO É BRINCADEIRA!

Como mãe, tenho me preocupado muito com o tema, uma vez que possuo duas filhas em fase escolar fundamental e tenho visto um aumento significativo dessas situações, até algumas discussões no grupo de pais da escola relacionadas a problemas com seus filhos e “grupinhos” que estão praticando o ato.

É importante lembrar que o Bullying se manifesta por meio de uma série de violências recorrentes ao longo de um período específico. Geralmente, esses atos incluem agressões verbais, físicas e psicológicas que resultam na humilhação, intimidação e trauma para a vítima. É uma prática injusta, uma vez que os agressores tendem a atuar em grupo, com o respaldo coletivo, ou direcionam sua conduta contra indivíduos desprotegidos diante das agressões. Apesar de reconhecermos o sofrimento da vítima, é importante também tentar compreender o comportamento dos agressores. Muitas vezes, eles são crianças e jovens que enfrentam problemas psicológicos ou são vítimas de violência no ambiente familiar e escolar, buscando assim transferir seus próprios traumas através da agressividade contra os demais.

O Bullying pode ocorrer em diferentes ambientes, como condomínios, vizinhanças, grupos esportivos, no entanto, a escola é o local onde mais frequentemente esse tipo de violência acontece. Fatores sociológicos e psicológicos são responsáveis por justificar esse fenômeno: é na escola que as crianças e os jovens passam a maior parte de seu tempo e interagem com um número significativo de pessoas.

As consequências do Bullying podem ser extremamente prejudiciais e permanentes para a vítima. Os primeiros indícios incluem o isolamento social da vítima, que passa a se sentir excluída do grupo. A partir disso, é possível que haja um declínio no desempenho escolar, diminuição da autoestima, desenvolvimento de quadros de depressão, ansiedade, síndrome do pânico e outros distúrbios psicológicos. Caso não sejam tratados, esses problemas podem levar até a tentativa de suicídio.

Além das iniciativas promovidas pelos governos e por organizações não governamentais, é fundamental que as famílias se unam com os profissionais qualificados para que todos possam trabalhar na conscientização de seus filhos e no apoio emocional de que as vítimas do Bullying necessitam.

A informação, o respeito e o acolhimento através do amor, serão sempre armas poderosas para a solução desse problema.

Luciene Saraiva

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