É POSSÍVEL MEDIR O AMOR DE UMA MÃE?

Quando se fala de mãe, geralmente se pensa em amor, porque mãe se resume em carinho, acolhimento, aconchego, cuidado… enfim em tudo que é bom, em amor. O amor mais próximo do amor de Deus é o de uma mãe. Deus tem um amor incondicional para conosco, erramos, falhamos, praticamos o mal e ainda assim Ele nos perdoa, pois o seu desejo é não perder nenhum de nós, assim também são as mães. E só quem convive com as mães que sofrem pelos seus filhos são capazes de compreender mais intensamente esse amor. Em anos de convivência com dependentes químicos e pessoas que vivem em situação de rua, vamos conhecendo as várias histórias de lutas, sofrimentos e algumas conquistas dessas mulheres que receberam o título e a missão de serem incansáveis na busca do bem-estar e da felicidade daqueles a quem elas amam, os filhos.

Filhos que foram na maioria das vezes gerados no ventre, outros que as vezes foram gerados no coração, não importa como foram gerados, quando uma mulher tem um filho ou o adota o amor é o mesmo. Aconteça o que acontecer ela tem o mesmo amor e cuidado, desde quando os filhos são crianças indefesas que necessitam de toda atenção, elas estão lá. Na maioria das vezes cansadas, com noites mal dormidas, sem se alimentar corretamente, tendo que viver em muitas situações uma jornada dupla, as vezes triplas de trabalho, para que nada falte ao seu pedacinho de céu. Com o passar dos anos o sonho de um filho formado, de uma família multiplicada pode ter o seu curso mudado, por conta das más escolhas dos filhos. E quando isso acontece não pense que essa guerreira esquece e deixa o filho se virar na vida que ele escolheu sozinho. Nesse momento começa uma nova fase de luta, sofrimentos e esperança. Nasce a mulher que não tem medo de sair no meio da madrugada para procurar o filho, que tem coragem de encarar o traficante, que não sente frio para enfrentar as filas dos CDPs, para visitar quem ela ama tanto, que se desdobra para frequentar reuniões de autoajuda, pois ela precisa reaprender a cuidar daquele que lhe é precioso e as vezes ela se culpa pelas escolhas erradas que ele fez na vida( talvez tenha sido amor demais que  impediu o filho de crescer). Também é a mãe que muitas vezes que num ato de desespero aprende a dizer não, com muita dor no coração e como talvez a última chance de ver a mudança, bater a porta na cara e não permitir que ele entre mais dentro de casa, pois ela não aguenta mais as brigas ou ter suas coisas roubadas. Ainda que passe por tudo isso a certeza que todos devem ter é que no fundo desse coração, cansado e sofrido há sempre a esperança de que tudo pode ser diferente.

Neste Dia das Mães nós da casa Madre Teresa, rezamos por todas as mães, mas de forma especial por essas as quais suas histórias não aparecem em comercias da mídia, mães que são invisíveis e muitas vezes excluídas por parte da sociedade.

 Deu para medir?  

“Amor de mãe, amor sem medidas”

Feliz Dia das Mães!!!

Valdinete Ferreira

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